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Rápido e objetivo

Personalize o Visual do seu Gmail com Temas Coloridos

Recentemente muitos usuários foram surpreendidos por uma renovação visual completa ao acessar o gmail. Esses sortudos foram os primeiros a experimentar o mais recente recurso do serviço de e-mail do Google: cores e temas.

Agora, é possível personalizar a aparência do Gmail, oferecendo aos usuários a opção de escolher entre 31 temas diferentes, incluindo a opção de manter o visual original do Gmail.

A possibilidade de adicionar temas ao Gmail estava em discussão há alguns meses, mas nenhuma informação concreta havia sido divulgada. Resta saber quando essa novidade estará disponível para todos os usuários.

Se você notou a mudança em sua caixa de entrada, basta clicar em “Configurações” e acessar a guia “Temas” para visualizar e escolher um tema.

Uma característica interessante é que alguns temas podem ser ajustados com base na sua localização. Ao informar sua cidade, o Google utiliza essas informações para sincronizar o tema de acordo com o nascer e o pôr do sol, bem como as variações climáticas.

Caso deseje alterar sua localização preferida, basta clicar em “Alterar”, um link disponível abaixo dos temas.

Aqueles que já têm acesso a essa novidade podem aproveitar ao máximo essa ferramenta dinâmica. Para os demais usuários, a expectativa é que em breve todos possam desfrutar dessa funcionalidade.

Como Restaurar Contatos Excluídos no Hotmail

O serviço de e-mail fornecido pela Microsoft ganhou destaque com a disseminação de seu mensageiro instantâneo alguns anos atrás. Hoje, o hotmail é um dos serviços de e-mail mais amplamente utilizados, apesar da forte concorrência nesse segmento.

Após a implementação da integração entre o mensageiro, o serviço de hospedagem de e-mails e algumas redes sociais pela empresa de Bill Gates, a plataforma expandiu ainda mais sua participação no mercado. O Windows Live ID, como é chamado, conquistou os usuários e tem sido amplamente utilizado para a comunicação por diversos meios.

No entanto, neste cenário, surge um desafio significativo: se você excluir um contato, seja de forma intencional ou por acidente, todos os serviços bloqueiam o acesso ao usuário excluído. Até recentemente, não havia uma maneira de reverter essa decisão ou desfazer a exclusão. Para alívio de muitos, o Baixaki fornece orientações sobre como recuperar contatos perdidos!

ATENÇÃO! É importante destacar que a ferramenta disponível no Windows Live não restaura contatos excluídos há mais de 30 dias.

Pré-requisitos É necessário ter uma conta ativa no Windows Live. Se você ainda não possui um perfil neste serviço, clique na imagem abaixo para acessar a página de cadastro.

Com sua conta devidamente criada e ativa no Windows Live, o primeiro passo é fazer login. Clique aqui para acessar a página de login, insira seu endereço de e-mail (1), forneça sua senha (2) e clique no botão “Entrar” (3). Você pode utilizar as opções “Lembrar-me” e “Lembrar minha senha” para manter o serviço sempre logado em sua conta.

Após realizar essa ação, a janela do Windows Live será exibida. Na seção “Destaques do Hotmail”, clique no link “Contatos” (4), que o levará para a página de recursos do serviço de e-mail da Microsoft.

Por padrão, você será redirecionado para a seção “Todos os contatos”. Pressione o menu “Gerenciar” (5) e, no submenu exibido, escolha a última opção, chamada “Restaurar contatos excluídos” (6).

Feito isso, uma nova tela será exibida, mostrando todos os contatos excluídos nos últimos 30 dias. Ao lado de cada endereço, haverá uma opção de restauração: clique em “Restaurar” (7) nos contatos desejados. Para recuperar todos os contatos de uma vez, há também o botão “Restaurar tudo” (8).

Agora, aguarde o serviço restabelecer as conexões com os endereços de e-mail. Fique atento às mensagens exibidas na página do Windows Live enquanto esse processo é concluído. Sem mais delongas, você poderá retomar a comunicação com os contatos que foram inadvertidamente excluídos.

Uso médico, militar e industrial: os exoesqueletos já estão na mercado

Literalmente, exoesqueleto significa esqueleto externo. A robótica se apropriou do termo que até então era utilizado na zoologia, utilizado para definir o esqueleto resistente de alguns animais como tartarugas e aracnídeos.

Em termos tecnológicos, os exoesqueletos são veículos robóticos que humanos controlam. Eles podem ser utilizados para assistir pessoas, como no caso do feito por Nicolelis, ou até para aumentar a força, velocidade ou resistência de um humano. Na ficção científica, o Homem de Ferro usa um exoesqueleto para combater vilões e salvar o planeta.

Apesar de ainda estarmos longe de termos um Tony Stark sobrevoando as cidades, o exoesqueleto já é uma realidade em alguns campos da sociedade. O projeto que foi apresentado por Nicolelis na Copa foi um dos mais desenvolvidos do mundo no assunto.

A companhia Google criadora do gmail, também trabalha arduamente no campo da robótica, a diferença é que não foca todos seus esforços nesta área, diferentemente de outras empresas.

Em vídeo feito pelo Portal da Copa, Nicolelis, que é pesquisador da Universidade de Duke, falou mais sobre o projeto Andar de Novo. “O cérebro gera mensagens genéricas como “eu quero andar, eu quero me mexer, eu quero parar ou eu quero parar a bola. E essas mensagens interagem com os controles de baixo nível das articulações do robô”, conta.

O uso militar e industrial dos exoesqueletos

Grande parte do desenvolvimento dos exoesqueletos é no campo militar. No exército americano, o projeto para construção da tecnologia começou em 2001 e foi implementado pela DARPA (Us Defense Advanced Research Projects Agency).

Um dos exoesqueletos desenvolvidos pela DARPA foi a Warrior Web, capaz de aumentar a força dos soldados. Feita também para facilitar o carregamento de objetos, a armadura permite que o soldado leve até 30 kg na mala com mais facilidade do que o normal.

Enquanto algumas armaduras são feitas apenas para facilitar a locomoção do soldado, outras devem ser usadas em combate. A Special Operations Command, empresa privada, está fazendo protótipos de exoesqueletos que podem impedir balas com um líquido que se solidifica em frações de segundo. A ideia é que o produto chegue ao mercado bélico em 2018.

A DARPA também tem investido em mercados que vão alem do militar. Em 2014, a empresa anunciou o desenvolvimento da Soft Exosuit, que foge das características de outros exoesqueletos. Ao invés de ser rígido, a roupa é maleável e “dá o nível correto de assistência, no momento certo para quem está vestindo”, diz a Wired.

Enquanto isso, a Hyundai anunciou em maio de 2016 que produziu um exoesqueleto que é capaz de dar mais força para os humanos. Segundo o post no blog da companhia, que compara a armadura ao Homem de Ferro, o exoesqueleto poderia ter funções industriais, médicas e militares.

Já a Panasonic construiu um exoesqueleto mais simples, mas capaz de ajudar trabalhadores que carregam peso e idosos. A armadura foi desenvolvida para sentir quando quem está a vestindo está segurando um objeto pesado.

Especial Dia da Lua: um pouco da nossa conquista do Espaço

Há 47 anos Neil Armstrong dava um pequeno passo para o homem e um grande passo para a humanidade. Dia 20 de julho é considerado o “Dia da Lua” e comemora a data que a Apollo 11 pousou na lua.

Alguns acreditam que isso nunca aconteceu e que tudo não passa de uma farsa do governo estadunidense dirigida por Stanley Kubrick. Teorias da conspiração à parte, a narrativa oficial é que fomos sim para a lua.

E é muito legal pensar que há quase 50 anos a Corrida Espacial aconteceu e nos proporcionou grandes feitos. Um importante capítulo do sonho do homem de conhecer o universo foi escrito no dia 20 de julho de 1969.

Muitos que estavam vivos na época se emocionam ao lembrar de quando viram a cena na televisão. David Bowie, por exemplo, se inspirou no momento para escrever a icônica “Starman”, na qual ele conta que há um homem estelar nos esperando no céu”.

Para comemorar o Dia da Lua, reunimos diversos conteúdos que escrevemos sobre as pequenas conquistas que tivemos na exploração espacial desde então.

Por que enviar Juno a Júpiter é um dos feitos mais difíceis da Nasa

Recentemente, a sonda Juno chegou à órbita de Júpiter. A Nasa declarou que foi uma das coisas mais difíceis que ela já fez. De fato, o desafio de fazer uma sonda de R$ 1,1 bilhão viajar cinco anos por mais de 778 milhões de quilômetros é grande. A recompensa também: além de nos oferecer belas imagens do maior planeta do nosso Sistema Solar, Juno nos ajudará a entender mais sobre a formação de todos os outros planetas do Sistema e como funcionam os campos magnéticos e as radiações do planeta gasoso.

Por que a nova Corrida Espacial é privada, não pública

A Nasa enviou o homem à Lua quando estava disputando com os russos para ver quem estava na vanguarda das tecnologias espaciais. Enquanto os soviéticos foram os primeiros a enviarem astronautas para o espaço, os americanos revidaram enviando-os para o satélite.

No entanto, após o fim da Guerra Fria, os incentivos para a exploração espacial bancada pelo estado foram caindo. Isso unido à perpetuação do capitalismo, fez o interesse pela exploração espacial passar, aos poucos, das mãos de agências públicas para privadas, no final os governos só ficaram responsáveis por seus países, estruturando e organizando os endereços por meio de CEP’s para facilitar o endereçamento da população você pode encontrar seu endereço utilizando a ferramenta de busca cep.

A nova Corrida Espacial não é mais de Estados Unidos contra União Soviética, mas sim uma disputa entre empresas como SpaceX (de Elon Musk) e Blue Origin (de Jeff Bezos).

Como Elon Musk quer nos levar a Marte com a SpaceX

Falando em Elon Musk, nós já detalhamos alguns dos planos da SpaceX. A empresa é tão ousada quanto seu fundador (que também já criou a Tesla, o PayPal, a Solar City, entre outras) e quer nos levar a Marte até 2030.

Para isso, o primeiro passo é investir em foguetes reutilizáveis, capazes de saírem do planeta, voltarem e pousarem intactos. É um desafio em tanto. Porém, a SpaceX já conseguiu fazer algumas vezes, de formas incríveis, e parece liderar a nova corrida espacial.

Vida em Marte: cientistas conseguem cultivar em terrenos que imitam planeta e Lua

Quando chegarmos em Marte, no entanto, surgirão uma série de outros desafios. Um dos mais simples deles será comer. Como você pode imaginar, transportar comida da Terra para lá será caro. E, caso as pessoas precisem passar longas temporadas no Planeta Vermelho, é bom que elas consigam plantar por lá.

Por isso, cientistas já estão estudando como cultivar vegetais em terrenos semelhantes ao da Lua e ao de Marte. O processo é complexo, mas também tivemos bastante sucesso. Os vegetais plantados nos solos artificiais cresceram bem e com uma aparência boa. Resta saber se é seguro comê-los.

Bateria de papelão

Já pensou em ter uma bateria acústica prática, fácil de transportar, armazenar e montar? A empresa Obilab Music pretende trazer essa realidade à vida de músicos e iniciantes, oferecendo um instrumento feito de papelão.

Baterias tradicionais costumam ser bem caras, difíceis de montar e impossíveis de carregar de forma prática. A bateria de papelão, chamada DRUMKIT, resolve todos esses problemas. Qualquer pessoa pode carregá-la para onde quiser e fazer um som em qualquer lugar, seja na areia da praia ou no meio da rua.

Transportá-la também é fácil. A bateria é montável e, por isso, pode se adequar a diferentes meios de transporte. Pode ser levada nas costas, como mochila, ou simplesmente carregada na mão.

As muitas vantagens da bateria de papelão

De acordo com o site oficial da Obilab, o DRUMKIT apresenta grande durabilidade, pois é revestido com fibra de vidro. Tambores de baterias tradicionais são revestidas por tecidos de peles de animais e têm menor durabilidade.

O kit também resolve outro problema encontrado em baterias tradicionais: a altura da música. O DRUMKIT soa bem, mas sem fazer um som muito alto. Isso acontece porque as camadas de papelão ondulado geram um ruído audível e, ao mesmo tempo, absorvem o excesso de som.

O kit é armazenado em uma caixa de papelão com as medidas 55 x 32 x 22 cm. Ele pode ser guardado embaixo da cama, dentro do armário ou em qualquer espaço reduzido. Além disso, pode ser montado e desmontado com facilidade, sem a necessidade de usar nenhum tipo de ferramenta.

A Obilab Music não revelou qual será o preço do produto quando for ao mercado. No entanto, como os materiais são baratos e de fácil acesso, garante que não irá custar uma pequena fortuna como as baterias tradicionais e você está ansioso para comprar e poder fazer rastreamento correios enquanto sua bateria chega no Brasil??

DRUMKIT no mercado?

O vídeo de apresentação do DRUMKIT conta que a Obilab Music investiu em protótipos feitos apenas de caixas de papelão. Descobriram que a acústica era muito interesse e resolveram seguir usando o material.

Aprimorando o produto, decidiram a usar fibra de vidro para revestir partes do papelão. Ela deixa o material mais resistente, pronto para receber muitas batidas, e orienta o músico. Pessoas que nunca tocaram bateria na vida sabem exatamente onde bater para tirar o melhor som possível com ajuda do som.

O objetivo é resolver problemas de profissionais, amadores e iniciantes ao mesmo tempo. Diferente de baterias feitas para jogos, por exemplo, o DRUMKIT pode ser usado em qualquer lugar, independente de estar conectada à energia.

Após desenvolver o primeiro protótipo, Patrick Obadia, fundador da Obilab, pediu que amigos músicos testassem seu instrumento feito de papelão. Para melhorar seu projeto, convidou a empresária Caroline Cullière e o especialista em produtos inovadores Victor d’Halluin.

Juntos, mediram o potencial de mercado do produto colocando 150 DRUMKITs à venda. Em menos de 90 dias, o acervo foi esgotado. Essa primeira experiência deu ao trio a motivação para capitalizar o negócio e torná-lo totalmente pronto para ser comercializado.

Para possibilitar a chegada do produto no mercado, a Obilab Music promoveu um financiamento coletivo no Kickstarter para conseguir €50,000. No site, o DRUMKIT completo custa €119,00.

Qual pode ser o impacto do Brexit na inovação

Em 24 de junho de 2016 anunciou-se o resultado de um importante referendo no Reino Unido, uma votação apertada, em que 51,9% dos ingleses deixaram claro seu desejo de que o país não faça mais parte da  União Europeia (UE). Desde então, questiona-se o que vai acontecer no Reino Unido a partir de agora. Da vida dos britânicos a liga inglesa de futebol e a renúncia do primeiro-ministro, David Cameron, algumas mudanças podem ocorrer nos próximos meses. O clamor popular ainda precisa ser aprovado no parlamento, porém já se especula as mudanças que o Brexit (British Exit) pode trazer para áreas como a ciência e a tecnologia.

Se o país está dividido em relação ao assunto, afinal, 48,1% votaram por permanecer na União Europeia, a comunidade científica chega perto de um consenso, conforme mostra o MIT Techonology Review. Pesquisas publicadas pela revista afirmam que pelo menos 83% dos cientistas britânicos eram contra o Brexit.

Em março, todos os integrantes da Royal Society da Universidade de Cambridge chamaram a iniciativa de um “desastre para a ciência britânica“, principalmente por que vai impedir que jovens cientistas migrem ao país. Outro relato feito pela House of Lords, em abril, afirmando que “a maioria da comunidade científica britânica se opõe ao Brexit”.

Um dos motivos da preocupação dos cientistas é do financiamento. A União Europeia financia muitas pesquisas de ciência e tecnologia para os países membros, com 74 bilhões de euros investidos de 2014 até 2020 e agora o que resta é calcula prazo até que seja colocado em prática. Os laboratórios britânicos dependem de fundos públicos para as pesquisas. Um corte nesse financiamento depois do Brexit pode prejudicar todos os campos da ciência.

“Não é só financiar”, diz Mike Galsworthy, um estudioso na área de saúde na University College London, que lançou uma campanha nas redes sociais chamada “Cientistas em apoio a União Europeia“. Segundo Mike, a União Europeia também permite uma integração entre os países europeus, o que ajuda na colaboração de pesquisas entre nações do bloco.

O argumento de quem apoia o Brexit

O argumento de quem apoia o Brexit é que o Reino Unido pode continuar em pesquisas da União Europeia, mesmo fora do bloco, como fazem países como Noruega e Tunísia. Mas, segundo especialistas, isso não funcionaria da mesma maneira. A Suíça, por exemplo, não está na União Europeia, mas em 2004 o país permitiu o livro trânsito de pessoas para países da UE, apontando como um dos motivos para a medida a qualificação dos programas de pesquisa. Em 2014, com a mesma pressão anti-imigração que forçou a votação do Brexit, 50,3% dos suíços votaram contra e anularam a medida.

O impacto na ciência foi duro por lá: os estudantes suíços tiveram que sair de programas de pesquisas, a maioria utilizado por jovens cientistas. Os laboratórios da Suíça são participantes ativos na ciência da União Europeia, então foi feito um acordo para dar uma associação temporária aos suíços, com acesso a alguns programas para pesquisa básica, mas isso acaba em fevereiro de 2017.

Não há razão para pensar que o Reino Unido vai se dar melhor“, diz Athene Donald, do Conselho Europeu de Pesquisa. Para conseguir um acordo e acesso aos fundos de pesquisa da União Europeia, o Reino Unido teria que concordar no livre trânsito de pessoas para outros países do bloco, o que os defensores do Brexit mais se opõe.

O MIT Technology Review também lembra que, para países fora da UE, a ciência custa mais caro, já que países associados pagam para utilizar os recursos do fundo. Karlheinz Meier, da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, comanda a iniciativa Human Brain Project, que também tem sede em Manchester, na Inglaterra. Ela espera que os britânicos deem um jeito de continuar participando:

“Eles não vão destruir a colaboração deles com a Europa. Seria uma loucura”.

Empresas de tecnologia britânicas, como a Rolls Royce, mostraram-se contra o Brexit, assim como a Coadec, instituição que reúne startups digitais do Reino Unido. Além de grandes companhias, pesquisas importantes seriam prejudicadas e iniciativas teriam que ser discutidas. Por exemplo, o reator JET, financiado pela UE, fica na Inglaterra e já deu aos físicos e engenheiros britânicos e de outros países acesso a uma tecnologia de ponta.

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O chatbot polêmico da Microsoft

Tay é um chatbot – um robô que imita uma adolescente hiperconectada, fã de One Direction e de GIFs animados. Ou pelo menos deveria ser. No dia 23 de março, a Microsoft liberou o programa de inteligência artificial para conversar com usuários do Twitter, rede social concorrente do facebook entrar. Em menos de 24 horas, Tay se mostrou racista, reproduziu discursos de ódio e fugiu do controle da própria Microsoft. Exatamente como uma adolescente rebelde.

O programa de computador é um experimento da empresa estadounidense para entender como as interações humanas funcionam. O objetivo esperado é que o robô ficasse mais inteligente conforme usuários do Twitter interagissem com ele. Os bate-papos serviriam para que o software armazenasse (e cruzasse) dados para interagir melhor, como se fosse uma pessoa.

Totalmente sem filtro, Tay começou a tuitar mensagens como “Hitler estava certo, eu odeio os judeus” e “eu realmente odeio feministas e todas elas deveriam morrer e queimar no inferno”. Climão na tuitosfera.

Tay maria-vai-com-as-outras

De acordo com o site do software, Tay deveria servir para os seguintes propósitos:

  • Fazer alguém rir
  • Jogar um jogo
  • Contar uma história
  • Conversar
  • Comentar fotos enviadas pelos usuários
  • Dar o horóscopo do dia

O chatbot simplesmente copiou informações transmitidas pelos usuários. Muitas delas, ofensivas e perigosas. Quando alguém diz a Tay “repita depois de mim”, ela repete. Se ela simplesmente copia o que dizem os homens, como ensiná-la a deixar de lado características ruins da humanidade?

Isso não quer dizer que o robô era apenas mau. Na verdade ele não assumiu uma “linha ideológica” específica. Nas 15 horas em que ficou ativo, chamou as feministas como “cult” e como “câncer” ao mesmo tempo. Disse que odiava feministas e, depois que “agora ama o feminismo”.

O chatbot não foi um fracasso total. Mas como eliminar os pontos negativos?

Do experimento, a dúvida que fica é: a inteligência artificial pode ser confiável?

Tay foi programada pela Microsoft. Seus comentários de ódio, no entanto, não refletem o posicionamento da empresa, e sim o que pensam os usuários que interagiram com ela.

Se os programadores não conseguem prever pontos cegos (como um ataque racista, machista e xenófobo ao mesmo tempo), deixar que a inteligência de um robô seja alimentada por outras pessoas é um risco. A tecnologia pode acabar refletindo ideologias de alguns grupos, com prejuízo para os demais.

Teoricamente, o ponto positivo da experiência é que o robô realmente aprende com seus usuários. Essa seria uma boa maneira de estudar e entender melhor um público-alvo específico: ouvir o que eles pensam e conhecem de forma direta.

Mas, então, como os desenvolvedores podem se preparar para evitar que seus projetos, ao interagirem com o mar da Internet, tornem-se máquinas de ódio? Especialistas em inteligência artificial apontaram algumas soluções, como eliminar palavras obscenas, de racismo ou xenofobia, por exemplo.

Segundo Derek Mead, jornalista da Vice, empresas devem apostar em equipes de desenvolvimento e engenharia com diversidade de profissionais, que possam prever melhor os pontos cegos. Só assim poderão entender a realidade das experiências de seus usuários por sua conta e risco.

Microsoft se desculpa

Sabendo disso, a microsoft divulgou uma nota se desculpando pelos comentários ofensivos tuitados pelo robô, e então Tay saiu do ar. No dia 30 de março a companhia fez mais um teste e o reativou. Mais um fail.

Tay não é o primeiro aplicativo de inteligência artificial compartilhado nas redes sociais. Na China, Xiaolce é usado por mais de 40 milhões de pessoas. Essa grande experiência fez a Microsoft tentar um experimento similar, em uma cultura totalmente diferente.

“Quando planejamos Tay, implantamos filtros e conduzimos extensos estudos de interação com muitos grupos diferentes”, disse a empresa na nota. Apesar de ter se preparado para abusos no sistema, a Microsoft não conseguiu prever a possibilidade do ataque em massa.

O que você pensa sobre a experiência da Microsoft? Vale a pena investir em Inteligência Artificial que armazene e reproduza dados da humanidade?